domingo, 17 de março de 2013

Viajando com a literatura

Todos os dias a professora Tatiana conta um (ou mais) capítulos de livros clássicos.
Começamos ouvindo a história de Lygia Bojunga, Os colegas.

 
 
Maria Eduarda trouxe a biografia de Lygia Bojunga para enriquecer nosso blog:
 
Lygia Bojunga Nunes nasceu em Pelotas (RS) em 26 de agosto de 1932. Lygia é uma grande escritora brasileira de literatura infanto-juvenil. Passou sua primeira infância em uma fazenda, aos 8 anos se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Em 1951, ela se torna atriz da Companhia de Teatro “Os Artistas Unidos”e viaja pelo interior do Brasil  atuando como atriz de rádio.
Ao abandonar os palcos entre outras atividades começa a escrever para o rádio e a televisão, muda-se para o interior do RJ em busca de uma vida mais integrada à natureza.  Funda com seu marido,  Peter, uma escola rural para crianças carentes, a Toca, que dirige por cinco anos.
Em 1972 lança o livro Os Colegas, e, em 1973, recebe o Prêmio Jabuti. Em 1982, torna-se a primeira autora, fora do eixo Estados Unidos-Europa, a receber o Prêmio Hans Christian Andersen, uma das mais relevantes premiações concedidas aos gêneros infantil e juvenil. Nesse mesmo ano muda-se para a Inglaterra, vivendo aqui e lá alternadamente. Em 1988, volta ao teatro, escrevendo e atuando em palcos no Brasil e no exterior. Trabalha com edição e produção de livros, feitos de forma artesanal.
Em 1996, publica Feito à Mão, como indica o título, composto manualmente com papel reciclado e fotocopiado. Em 2002, publica Retratos de Carolina, o primeiro livro de sua própria editora, a Casa Lygia Bojunga.
Pelo conjunto de sua obra, em 2004, ganha o Astrid Lindgren Memorial Award, prêmio criado pelo governo da Suécia, jamais antes outorgado a um autor de literatura infanto-juvenil. Com esse incentivo, cria nesse ano a Fundação Cultural Lygia Bojunga com o intuito de desenvolver ações que aproximem o livro da população brasileira. Seu livro mais conhecido é A Bolsa Amarela. Além da atividade de escritora, ela cria a Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga, projeto que desenvolve ações ligadas à popularização do livro no Brasil.
 
 
 

A aluna Júlia mandou suas contribuições, descrevendo os títulos de livros da Lygia Bojunga e falando um pouquinho sobre cada obra.Acompanhe:
 
 
Os Colegas: Em Os colegas, livro ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais - Lygia cria um de seus mais famosos grupos de personagens, entre os quais o ursíssimo Voz de Cristal, o coelho Cara-de-pau, e os vira-latas Virinha e Latinha: seres abandonados, vivendo à margem da vida, mas que - uma vez reunidos pelo acaso - descobrem a amizade, a solidariedade e uma intensa alegria de viver.

Angélica: Este livro tem num dos capítulos uma peça completa de teatro, e - como nos livros anteriores - foi recipiente de importantes prêmios.

Quando você não quer mais ser o que você é - dá pra mudar de pele?
Quando você não se conforma com o jeito que a sua família vive - dá pra mudar o jeito?
E quando você não arranja emprego - dá pra inventar um?
Se você tem que vender um pedaço de você mesmo pra sobreviver - dá pra ficar de bom humor?
E se você fica velho e sozinho no mundo - dá pra dar a volta por cima?

A bolsa Amarela Nele encontramos o ludismo que sempre esteve presente nos livros de Lygia, mas que aqui atinge um perfeito equilíbrio entre a liberdade do imaginário e as restrições do real. A Bolsa é a história de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela ) – a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação – por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade" – essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.

Corda Bamba Corda bamba é um sopro de coragem que nos leva ao encontro de forças adormecidas. E com cuidado, bem ao seu estilo, Lygia "estica a corda" e nos faz transpor a ponte que liga duas extremidades: realidade e fantasia. Trabalhando na linha psicológica, com muita sensibilidade e respeito ao ser humano, enfoca a morte e seus estigmas. Conduz com maestria e um humor singular o aprendizado de viver com a perda. Ilumina a obscuridade ao levantar questões que passam despercebidas no cotidiano. Cria diálogos ricos entre o inconsciente e a realidade, e nos leva à compreensão de que podemos caminhar sozinhos e sermos bem sucedidos, mesmo que andemos na corda bamba.

o sofá estampado Um dos livros mais premiados de Lygia Bojunga, O sofá estampado conta uma história aparentemente singela (a paixão de um tatu por uma gata angorá), abrindo em suas páginas um leque de personagens pitorescos, que pincelam com suas ações e diálogos um quadro divertido e emocionante de crítica social.

Tchau Tchau reúne quatro narrativas densas, onde - no estilo habitual que já se tornou sua marca - Lygia transita com inteira liberdade entre o realismo e o fantástico. Aqui, ela nos fala de paixão, de amizade, de ciúme e da necessidade de criar.

O meu amigo pintor O comovente encontro de um adolescente com a alma atormentada de um artista. Para o menino, a deslumbradora revelação do mundo das cores, das formas; a interpretação da vida através da intuição e da experiência do artista. Para o pintor, a presença da ternura e do entusiasmo do jovem amigo na aventura dessas descobertas, o conforto daquela confiança no drama da sua solidão.

Nó três Nós três nos mostra uma praia deserta do litoral brasileiro, onde, uma menina em férias, um homem de vida errante e uma mulher que optou pela solidão, se vêem subitamente envolvidos no redemoinho de uma paixão trágica

Livro, um encontro Livro - um encontro é uma criação viva, que transmite de um modo altamente inventivo os sentimentos e as emoções íntimas de uma escritora no seu relacionamento com os livros.

Fazendo Ana paz Em Fazendo Ana Paz a história surge através de fragmentos dispersos, como fotografias em álbuns antigos.
Um autor à procura da personagem... ou será a personagem à procura do autor?
Bem diferente de outros personagens de Lygia, Ana Paz tem "um endereço certo" e um compromisso no passado que ela precisa resgatar.

Paisagem é uma narrativa que entrelaça os dois momentos do processo de escrever uma história: o da criação (papel do autor) e o da "re"-criação (papel do leitor).

Para tecer essa relação, Lygia cria o personagem Lourenço, um jovem que se corresponde com uma escritora que ele admira.

Esta obra traz novas mensagens ao mundo das palavras, formas e sentimentos que compõem uma obra literária.

6 vezes Lucas conta da perplexidade que nos assalta na infância ao nos depararmos com as primeiras desilusões amorosas.

O Abraço N’O abraço Lygia Bojunga vai buscar no mais íntimo de sua personagem Cristina o saldo de uma experiência sexual amarga vivida por Cristina-menina e refletida na Cristina-mulher. A narrativa de Lygia é a denúncia de um crime que não tem perdão. Do primeiro ao último momento, esseabraço emociona e intriga.

Feito á mão Feito à mão revela a todos que se interessam pelo processo criativo vários aspectos ligados ao trabalho e à vida de Lygia Bojunga, que, mesmo vivendo profissionalmente de seus livros, gosta de se autodenominar artesã; mesmo vivendo um perene caso de amor com o Rio, prende um pedaço de sua vida a Londres.

A cama Em A cama Lygia cria uma extensa galeria de personagens, cujas vidas se entrelaçam na disputa de uma inusitada cama – único bem material que restou a uma família outrora abastada e que, agora, desencadeando conflitos, ora cômicos, ora dramáticos, ganha no livro o status de personagem principal.

O rio e eu Em O Rio e eu, após ser apresentada, ainda criança, ao Rio de Janeiro pela pitoresca Maria da Anunciação, a autora passa a lidar com a Cidade Maravilhosa como mais uma de suas personagens e nos relata o caso de amor que até hoje mantém com o Rio.

Retratos de Carolina Conta a trajetória dolorosamente humana de uma personagem determinada a escrever seu destino com as próprias mãos. A exemplo de outros livros de Lygia (como a Trilogia do Livro, O Rio e eu, Feito à mão, Nós três, entre outros), Retratos de Carolina não é um livro para crianças, é uma obra voltada para leitores jovens e adultos.

Aula de Inglês 1ª edição, 2ª reimpressão
Ilustração da capa: Regina Yolanda
Formato: 13 x 19
Nº de páginas: 220

Sapato de Salto 2ª edição, 2ª reimpressão
Ilustração da capa: Rubem Grilo
Formato: 13 x 19
Nº de páginas: 276

Dos vinte 1 De cada um dos 20 livros que escreveu, Lygia Bojunga escolheu o capítulo ou o trecho de sua preferência para formar esta seleção, a que deu o nome de Dos vinte 1.
Se você já conviveu no passado com os personagens de Lygia, aqui está a ocasião para um belo reencontro.
Se você está lendo Lygia Bojunga pela primeira vez, este livro vai apresentar você a um punhado dos mais famosos personagens que ela criou - primeiramente para crianças, depois para jovens e adultos.
A seleção oferece uma rara oportunidade para os leitores (passados, presentes e futuros) se aproximarem mais do imaginário fugidio desta singular escritora.
 
Querida Em Querida, Lygia Bojunga faz de Pollux – o personagem central do livro – um menino entregue ao ciúme que sente da mãe. Ele busca refúgio dos efeitos devastadores desta emoção na casa de um parente desconhecido: Pacífico. As histórias afetivas de Pollux e Pacífico se entrelaçam, levando os dois a questionamentos e apaziguamentos definitivos.

A Manoela também se empolgou e enviou seu texto sobre Lygia Bojunga:

 

Lygia Bojunga  nasceu em pelotas no dia 26 de agosto de 1932. Ou simplesmente Lygia Bojunga, é uma escritora Brasileira. Lygia iniciou sua vida profissional como atriz, tendo-se dedicado  ao radio e ao teatro, até voltar-se para a literatura. Com a obra Os Colegas(1972)conquistou um público  que se  solidificou  com Angélica(1975), A casa da madrinha(1978), Corda bamba(1979), O sofá estampado(1980) e A bolsa amarela(1981).

Por estes livros recebeu, em 1982, recebeu o Prêmio Hans Christian, o mais importante  prêmio literário infantil,  uma  espécie de Premio Nobel da literatura infantil. Os colegas já  antes  havia  conquistado o primeiro lugar  no Concurso infantil do instituto  nacional do livro(INL) em 1971.
Andreas também preferiu listar os livros da autora. Veja:

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